
Bebia-te insaciavelmente
saboreando cada gota do teu puro sangue
escorria incessantemente do cristal às minhas mãos
Inebriada, desfalecia
Submergia no desejo infindo de devorar-te
saboreando o silêncio de tua carne morta
transmutava em meio as tuas vísceras
Queimava-me,
Enquanto consumias delicadamente cada partícula de minha alma
tentava expurgar o tempo de nossa dimensão
Emergi
Os anjos debatiam-se em fúria gélida
Bradei aos céus um cântico de perdão
mas não havia tempo
o agora surgia imponente
expulsou-me de tuas entranhas
na garganta transpassaram-me uma espada de diamante
no último instante
Eis que surge o ontem
eternizado, por fim,
na ausência eterna do amanhã.
Is ª belle