terça-feira, 29 de setembro de 2020

Sometimes

Sometimes

When the rain is falling

I can remember

Sometimes

When a butterfly shows up

I can remember 

Sometimes 

Remeber is all I can do



terça-feira, 16 de julho de 2013

Vinte e oito

Vinte oito passos percorridos,
o corpo avança sem vontade
em uma estrada vazia.
Vinte oito dias sem você,
o coração enfraquece 
em um sangue diluído
vinte oito mil palavras
engasgadas na tristeza do fim,
que já dura há tanto tempo.
Sobem os créditos, a sala vazia
mas continuo esperando uma próxima sessão.
A vida presenteia certezas
destrói esperanças e sonhos 
de reparação.
O último desejo se apaga no sopro
acabou a chama mas as luzes 
se acendem outra vez.
Às vezes me pergunto para quem,
Para quem você faz versos?
Quem recebe os seus abraços?
A quem você dedica os seus livros?
Não mais a mim.
Te aceno de longe,
 e volto para minha dor.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Aurora

Era verde e gélida
A névoa que se formava
Aurora de um pólo tão distante
Era fantasia que gritava,
Ensurdecia,
Confundia percepções.
O teu eu que eu tanto desejava
Era só meu, uma ideia
Que nunca existiu.
Todo gelo, todo vazio
Um refúgio de solidão
A escória envolta em camadas
Brancos blocos de gelo.

Passos em direção aos trópicos
Olhares para o mundo distante
A aurora ilumina o fogo,
que tudo derrete,
É líquido, é lixo,
É a essência do seu
Verdadeiro ser.


sexta-feira, 17 de maio de 2013

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Bodas

Não foi há um mês,
que deixamos de ser nós,
Não foi em dois.
Nem foi ontem,
que te vi partir,
nem hoje
que parei de te ver
no meu amanhã.
Às vezes me pergunto,
quando foi que percebi
que eu não estava em você,
como você estava em mim.
Foi desde a criação do universo,
Do Big Bang à nova era,
Das pinturas nas cavernas
à Dali, foi sempre assim.
E eu não vi, ou até sim.


Fingi que não.

sábado, 20 de abril de 2013

Quem sabe

Queria te ver
pra te arranhar,
te agarrar, te bater, te morder,
depois chorar,
e repassar
toda tristeza
que você deixou.
Queria te ver,
mas você já sabe,
então espero,
amanhã, quem sabe,
você não esteja mais aqui.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Maresia

Ajo à revelia,
me desconstruo,
dividida, me atiro.
Que é pra ver se tiro
essa vontade de você.
Não quero, me desespero,
mas é tarde, amor.
As palavras cortam a noite,
"Estou bem assim",
você me disse, que é melhor sem mim,
só tenho que aceitar.
Não é mais sexta-feira,
mas a paixão ainda arde por aqui.
É a contragosto que tento apagar.
Tento me resgatar, mas não encontro ninguém,
vou deixar que me levem, que me carreguem,
Quem sabe consigam achar o que restou de mim.
É tarde, amor. Estou indo para o mar.