sábado, 21 de junho de 2008

Prozac Nation

Estranha como qualquer outra

Sinto-me como qualquer

Poeira estelar

Rumo ao buraco negro

Sobriedade

Estou a zero grau

E as pílulas aquecem como a neve

Quarenta por cento destilado

Chamo-o de envolvente

E o sentido não me importuna mais

Sem sentido, a angústia me aquece

Ao menos algo a se sobrepor ao nada

Era tudo sobre realidade

Entende?

Aparências meu caro, aparências

Algo a ver com minha ansiedade

Qual droga fará tudo parecer real?

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Desfigurando a própria face,
Ela desfigura.
Esquece os nossos nomes,
Não pára pro café.
Está nadando em direção
- Ao horizonte! Ela pensa.
Não há margens, ela esquece,
Não há margens.
Vira para trás.
Eles a chamam,
Mas ela desfigurou a própria face,
Desfigurada, ela esquece
E segue,
Sem margens, nem nomes, nem faces.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Como se sentes?

Batidas me consomem. O tempo se esvai despertando experiências que se transmutam. As cores se misturam, a vida acontece, não para muitos, mas aqui dentro. O futuro é obscuro e a ansiedade me toma, sou marionete nas mãos do destino, um bobo da corte já há alguns anos. Não reclamo, vem me sustentando com fios de algodão, mas me pressiona, me assusta. A garota azul me persegue, cobre-me com seu manto de estrelas, anda lado a lado com aquele ser assexuado, a mentira. A mentira me perfura, me agonia. Ainda mais quando insiste em apresentar aquele velho rabujento, o passado. Quero voar com a distância e beijar o futuro, mas não sei onde se encontram, na verdade, não sei quem são.

Quando aparece o nada, me desconcerto, acompanha a solidão. Quanto a esta, estive contemplando-a e no fundo de seus olhos vi uma máscara que me chamava com uma voz doce, era pálida e distorcida, não se apresentou, mas sei, era a morte.

A paz me abandonou depois que a vi, agora a busco incessantemente (a morte) desconfio que a paz esteja com ela.

Is ª belle

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Se não te importas mais


Por que precisas, amigo, de minha alma?
O vazio te toma e te escondes entre os rostos
Desconheço-te,
Lembranças não são suficientes,
Vão-se às cinzas.
Não sinto teu gosto, não sei o que pensas
Sei que sentes Vazio
Não enxergas mais as estrelas e
enquanto se deixas afundar nesta lama fétida,
ela corroerá tua alma
Não te jugo,
Apenas observo
Sua passividade não me incomoda,
Sei que a agonia te tomará
Sou filha do nada
E nada farei por ti, pois é tudo que tenho. (nada)
Desculpe-me amigo,
Minha alma não posso te dar,
pois preciso continuar sentindo meu sangue gotejando no infinito
Saibas que te observarei até o último respingar

Is ª belle

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Ontem


Bebia-te insaciavelmente

saboreando cada gota do teu puro sangue

escorria incessantemente do cristal às minhas mãos

Inebriada, desfalecia

Submergia no desejo infindo de devorar-te

saboreando o silêncio de tua carne morta

transmutava em meio as tuas vísceras

Queimava-me,

Enquanto consumias delicadamente cada partícula de minha alma

tentava expurgar o tempo de nossa dimensão

Emergi

Os anjos debatiam-se em fúria gélida

Bradei aos céus um cântico de perdão

mas não havia tempo

o agora surgia imponente

expulsou-me de tuas entranhas

na garganta transpassaram-me uma espada de diamante

no último instante

Eis que surge o ontem

eternizado, por fim,

na ausência eterna do amanhã.



Is ª belle