Ladeiras perdidas, avenidas. As curvas chuvosas iluminadas à velocidade da luz. Há um labirinto em minha mente. A lugares diferentes eu vou. Voo. Semelhança calada. Gritante. Sabores, cheiros, você. Tudo muda. Alguns fingem não ser, outros não saber, outros não se importar. Importa?
Ecoo. Ecoo. Ecoo. Há um vão em algum lugar aqui dentro. E se eu caísse? Eu podia voar, me desfazer, evaporar. Depois juntar cada pedaço. Reviver. Eis a explicação para os retalhos do meu corpo; Cada costura é uma vida.
O que de mais precioso pode esconder aquela avenida? - Porquês. Não entenda. Às vezes a ignorância se faz necessária. Fechei meus olhos e cada poro do meu corpo. O suor inundou o meu espaço. Compressão. Sufoca, sufoca, sufoca. Preciso esvaziar-me, esvair-me, desnudar-me. Esquecer. Preciso lembrar-me de esquecer.
Parei em frente a tua porta. Estou indo esquecer. Importa? Fecho os olhos e não há mais nada. Mentira. Há anos estou presa no mesmo labirinto. Há portas, mas não saídas. Cruzamentos de avenidas que te levam a lugar nenhum, aos mesmos diferentes lugares. Mentira. Um dia há de ser.
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