terça-feira, 17 de agosto de 2010

Das juras de amor

Ele jurava o céu,
as estrelas e o infinito
montava universos
entre versos e prosa
Ela pedia colo,
carinho e sossego
presença era seu único querer

A vida seguia assim;
Ele a jurar,
ela a querer
o tempo arrastando
mentiras e frustrações

Até que amanheceu

Quando os raios apontam,
a vista cega se alumia
e ela via até doer
até rachar o coração

Era sempre assim,
ele jurava à a, b ou c
Tão independente era o seu amor...
Ela a querer o que julgava diferente
até amanhecer

Ela pedia pra ele ficar,
ele não podia, mas sabia jurar,
ela ouvia, imaginava, cria
até amanhecer

Com os primeiros raios,
ainda a jurar, ele partiu
ferida, ela sussurava
"dessa vez você não tem que ir"
Novamente o amanhecer
Quantos mais seria preciso?
os raios iluminavam o gravador
a fita enganchada de juras acabadas
Bastava apertar o botão
e seria assim pra sempre,
Juras a repetir, ele a partir
E o golpe cíclico dos raios de sol.

Nenhum comentário: