quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Levanta

Depois das trincheiras,
foi parar num campo de navalhas,
reclamava do purgatório,
até chegar no inferno.

Lá era intensa,
a dor não corria,
desfilava devagarinho
por corredores estreitos

Pra que pressa,
quando a morte te espera?
uma hora tudo acaba
Quando morrer
perceberá que até mesmo a dor
tinha sua beleza.

Sufoca baixinho,
talvez vire masoquista,
pra voltar a se erguer
e ficar em pé no mundo.

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